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Hiperatividade

A Vera Jafferian é psicopedagoga e escreveu o texto abaixo sobre hiperatividade. Eu indico seu trabalho sempre que existem problemas escolares que podem necessitar de uma abordagem terapêutica individualizada.

HIPERATIVIDADE E FALTA DE ATENÇÃO
Nos últimos tempos muito tem se falado e ouvido sobre crianças que fazem só o que querem, são inquietas, com problemas de atenção e impulsivas. Alguns pais e professores relatam que elas atrapalham a aula, não prestam atenção, incomodam todos na classe e em casa, sobem na mesa do médico, querem a atenção integral da mãe e ficam, no caso de adolescentes, horas no computador sem ouvir o chamado dos pais e só fazem com atenção e desempenho acima da média aquilo que gostam.
Por tudo isto estas crianças começam a ser chamadas de desatentas, hiperativas e impulsivas passando a ter um rótulo, como um crachá com um nome grudado na roupa. Muitas crianças rotuladas não conseguem mostrar o que sabem , o que gostam, o que não gostam e crescem sem autonomia, sendo que a maioria depende de outra pessoa para orientá-la ao realizar uma atividade, principalmente na aprendizagem escolar.
Os pais são o modelo para os filhos, portanto eles tem que ensinar o que é certo e o que é errado, ensinar as regras, colocar limites, saber dizer não quando necessário, sempre com amor, respeito e autoridade para que seus filhos cresçam num ambiente saudável, com rotina e organização, onde cada um tem seu papel e suas tarefas.
A criança ao ir para a escola inicia um processo de socialização: de interagir com outras crianças e com os professores com respeito, de participar de atividades em grupo e de aceitar a aprender o novo. A família e o ambiente em que esta criança cresceu e recebeu os cuidados básicos serão fundamentais para que este processo de socialização aconteça com tranqüilidade e adequado à idade da criança.
Muitas crianças que querem chamar a atenção dos pais e dos professores, geralmente passam por hiperativa, impulsiva, desatenta, vão mal na escola, desrespeitam os professores, não fazem lição, e tudo isto porque não querem ou não sabem se comportar adequadamente em diferentes situações, não tem educação no sentido de aceitar as regras e os limites que são necessários para a convivência saudável e um desenvolvimento adequado com disciplina e organização.
O importante é estarmos atentos e sempre junto com estas crianças, como que segurando na sua mão,sem segurar, apenas ao lado, em todos os momentos que tivermos oportunidade para que elas nos mostrem o que as incomoda, o que estão querendo dizer com isto e o porquê destes comportamentos, pois só assim nos distanciando de um rótulo, e construindo este espaço de confiança e segurança com esta criança poderemos saber o que parece estar acontecendo com ela.
Com uma avaliação médica, (de pediatra, e quando necessário de neurologista, de psiquiatra ou outro especialista), psicopedagógica (no caso de problemas escolares) e psicológica, sempre respeitando cada criança como uma pessoa, com sua estória de vida, com um olhar atento no que ela faz e no que ela fala poderá ser montado um quebra cabeças que vai mostrar o que esta criança parece ter e qual o melhor tratamento para que ela tenha um desenvolvimento saudável dentro de suas limitações, sejam quais forem, e para que seja feliz num ambiente saudável, acolhedor e construtivo.

Vera Helena Peres Jafferian – Psicopedagoga Clínica
telefones :consultório :3846- 2618
verajafferian@uol.com.br www.reaprender.com



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